O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) publica nesta sexta-feira (1) o Relatório Anual de 2024, que traz um panorama das ações realizadas no ano passado e marca os cinco anos de dedicação do IEPS ao fortalecimento do sistema de saúde brasileiro. Confira o Relatório Anual de 2024 do IEPS aqui.
Em 2024, as entregas do IEPS demonstraram o crescimento e a consolidação institucional da organização. Foram produzidos e publicados 20 documentos técnicos entre boletins, notas técnicas, textos para discussão e guias, e parte dessas evidências foi amplamente discutida no Congresso Nacional e com governos, servindo como base técnica para recomendações de políticas públicas em diversas frentes da Saúde.
A atuação do IEPS e as pesquisas desenvolvidas ao longo do último ano também foram amplamente repercutidas pela imprensa brasileira e resultaram em mais de 1.156 inserções, entre reportagens, artigos de opinião e entrevistas. Os canais digitais do IEPS mantiveram um ritmo crescente de engajamento: o site institucional recebeu mais de 70 mil visitantes ativos, e os perfis nas redes sociais alcançaram 37.692 contas, com uma base de mais de 13 mil seguidores.
Além da expansão da equipe e da definição de agendas prioritárias para o próximo ano, a chegada do médico-cirurgião Paulo Chapchap e a criação de uma diretoria médica foi um dos destaques de 2024. Entre as outras diretorias, foram destaques a ações de advocacy para fortalecimento da Atenção Primária durante as eleições municipais, o apoio técnico a governos estaduais, como o do Mato Grosso do Sul, no aprimoramento das Redes de Atenção à Saúde (RAS), e a publicação da pesquisa “Setor Privado e Relações Público-Privadas da Saúde no Brasil: Em Busca do Seguro Perdido”, que reúne nove capítulos sobre o papel do setor privado no sistema de saúde brasileiro.
Ampliação da produção e internacionalização da pesquisa em saúde
A Diretoria de Pesquisa seguiu fortalecendo sua atuação na produção de dados e evidências científicas. As publicações abrangeram temas como transições de governo municipais e os impactos na saúde, saúde da população negra e as relações entre violência urbana e saúde, além do estudo robusto sobre as relações público-privadas da Saúde. A equipe participou de eventos em diversos países e fortaleceu parcerias com instituições internacionais, como a Universidade de York e a Universidade Johns Hopkins, reforçando a agenda internacional de pesquisa sobre saúde digital, fragmentação de sistemas de saúde e financiamento da saúde universal.

Lançamento da pesquisa Setor Privado e Relações Público-Privadas da Saúde no Brasil: Em Busca do Seguro Perdido. Foto: Giovanni Della Ripa
Incidência política e defesa do SUS no Legislativo
Um dos destaques da atuação de advocacy foi o lançamento da Agenda Mais SUS nas Cidades, uma publicação que apresentou recomendações para que candidatos e candidatas das Eleições Municipais priorizassem ações de fortalecimento da Atenção Primária em suas propostas de campanha. A equipe também estruturou novas iniciativas focadas no monitoramento político das ações do Poder Legislativo e Executivo, com o lançamento do Radar da Saúde, manteve o monitoramento contínuo do orçamento federal e atuou na defesa e construção de políticas de saúde mental com o projeto Juntô e a Frente Parlamentar de Saúde Mental (FPSM).

I Seminário da Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental (FPSM). Foto: Daniel Paes/Iracema Comunicação
Parcerias estratégicas e presença nacional ampliada
A parceria técnica e o diálogo com governos foi ampliada com a chegada do programa Redes – Regionalização, Desenvolvimento e Saúde ao Mato Grosso do Sul, e consolidada com a ampliação da parceria com a Prefeitura do Recife, no programa Qualifica Atenção Básica; da implementação do InovaAPS em Sobral (CE); e da colaboração com o governo de Pernambuco, no âmbito do programa Cuida PE. A Diretoria também reforçou sua presença na Amazônia Legal, com os projetos Afluentes e Arquipélago, voltados à ampliação do acesso e da resolutividade dos serviços de saúde em territórios de difícil acesso.

1º Fórum de Experiências Exitosas na constituição de Redes Regionais de Atenção à Saúde. Foto: Mario-Salvador/Difere Studio