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A coletânea “Mais SUS em Evidências” é uma realização do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde e da Umane, com o apoio temático do Instituto Cactus, que tem o objetivo de contribuir com o debate público eleitoral e subsidiar a próxima gestão do Governo Federal e governos estaduais a partir da caracterização de alguns dos principais desafios enfrentados pela saúde pública no Brasil.

O terceiro volume da coletânea aborda o tema da saúde mental e é composto por cinco partes. Por ser um tema amplo, propomos esse recorte reconhecendo que existem áreas que futuramente serão aprofundadas, como os serviços de alta complexidade, gestão e acesso a medicamentos. Isso posto, a primeira delas traz um resgate histórico atualizado das políticas de saúde mental no país, abrangendo as recentes alterações em nível nacional, como o retorno do modelo centrado nas internações psiquiátricas e na institucionalização do cuidado. A segunda parte apresenta o potencial da Atenção Primária a Saúde (APS) para responder a este desafio e, na parte seguinte, destacamos algumas populações-chave para as políticas de saúde mental, sobretudo quando
considerados determinantes sociais como raça, ciclo de vida, sexo e/ou gênero.

A quarta parte descreve o atual panorama de infraestrutura e recursos humanos, caracterizando alguns dos serviços disponíveis, profissionais que estão na porta de entrada e destacando desigualdades no acesso. Traz também informações acerca do financiamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a falta de isonomia de investimento entre seus componentes e identifica, como boa prática de gestão, o cofinanciamento estadual da RAPS.

Por fim, a quinta parte aborda aspectos da saúde mental no contexto da pandemia de Covid-19. Já estamos vivendo a chamada “quarta onda”, que resulta dos efeitos colaterais deste período de isolamento social, que inclui aumento de ansiedade e depressão, de transtornos obsessivos compulsivos e obesidade, e outras consequências à saúde em decorrência da pandemia. Outros eventos de grandes magnitudes também foram incluídos, como os desastres ambientais de barragens em Minas Gerais.

As análises desenvolvidas aqui e nos outros quatro volumes desta coletânea serviram como base para a construção das propostas e priorização de temas tratados na Agenda Mais SUS, e espera-se que possam contribuir também para informar gestores(as) públicos, pesquisadores(as), organizações da sociedade civil e a sociedade.

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COMO CITAR

Rosa, D. (2022). Saúde Mental. Diagnóstico n. 3 Mais SUS em Evidências. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. https://ieps.org.br/diagnostico-3-saude-mental/