O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) é uma das organizações integrantes e fundadoras da Rede Saúde e Clima Brasil, lançada nesta terça-feira (11), em Belém, no Pará, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30. A rede é um espaço de construção coletiva, diálogo e ação política, voltado para a defesa da vida humana e não humana em um contexto de emergência climática e reúne centros de pesquisa, instituições públicas de saúde, organizações da sociedade civil, redes multissetoriais, movimentos sociais, coletivos, povos indígenas e comunidades tradicionais.
A coalizão de organizações nasce da convicção de que a emergência climática é também uma crise de saúde pública, equidade e direitos humanos. Enchentes, secas prolongadas, ondas de calor, queimadas e deslizamentos já afetam de forma direta e indireta a saúde da população, exigindo políticas públicas integradas e soluções inovadoras.
A Rede é uma comunidade de prática colaborativa, plural e nacional, que atua de forma coesa e politicamente incidente. Conecta conhecimento científico, conhecimentos transdisciplinares, intergeracionais e participativos para fortalecer a ação coletiva de prevenção e enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas na saúde. A Rede trabalha para colocar a saúde no centro das decisões e prioridades políticas sobre o clima, afirmando que a justiça climática só existe com a justiça em saúde integral e o direito ao bem viver.
Entre seus compromissos estão:
- Justiça climática: centralidade das populações mais impactadas na formulação de soluções.
- Equidade em saúde: fortalecimento do SUS e eliminação das barreiras de acesso.
- Intersetorialidade e cooperação: articulação entre atores, saberes e territórios.
- Pluralidade epistêmica: integração entre ciência, conhecimentos tradicionais e comunitários.
- Ética institucional: rejeição a vínculos com setores que atuam contra a saúde pública e a preservação ambiental.
A Rede também se propõe a incidir politicamente em fóruns locais, nacionais e internacionais, produzir e disseminar conhecimento científico e tradicional, fortalecer sistemas de saúde resilientes e apoiar soluções de adaptação e mitigação climática com co-benefícios para a saúde.
Confira a coalização de organizações integrantes fundadoras da Rede:
- Instituto Ar
- Médicos pelo Clima
- Projeto Saúde e Alegria
- Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
- Projeto Hospitais Saudáveis
- SAMA Health in Harmony
- Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)
- Uma Concertação pela Amazônia
- Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS)
- Catalyst Now
- ASEc+
- Associação Beradeiro
- Instituto Mamirauá
- Drugs for Neglected Diseases initiative (DNDi)
- Instituto Árvores Vivas
Membro-observador
- Médicos Sem Fronteiras – Brasil (MSF-Brasil)