O impacto das novas tecnologias digitais na saúde mental de crianças e adolescentes foi tema do minicurso “Na Palma da Mão: Celulares, Internet e Saúde Mental” realizado no início de maio pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), pela Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE-PE) e pelo Centro Global para a Saúde Mental de Crianças e Adolescentes no Child Mind Institute (CMI). A formação está disponível na íntegra neste link.
O objetivo da formação foi oferecer orientações para que gestoras e gestores escolares aprofundem a reflexão sobre os impactos das novas tecnologias na saúde mental e abrir um espaço de discussão sobre os caminhos para fomentar o uso consciente das tecnologias digitais no cotidiano escolar.
Priscilla Borges, analista de políticas públicas do IEPS, que mediou o evento, enfatizou que a promoção da saúde mental de crianças e adolescentes diante dos impactos das tecnologias digitais exige uma abordagem intersetorial.
“É fundamental que as ações de promoção à saúde mental integrem as áreas de educação, de saúde e de assistência social. Além disso, medidas restritivas e isoladas não são suficientes — é fundamental que venham acompanhadas de ações educativas e de conscientização. Por isso, o curso abriu espaço não apenas para entender os desafios que a nossa geração enfrenta, mas também para refletir sobre caminhos possíveis para criar relações mais saudáveis com a tecnologia, dentro e fora da escola”
O minicurso faz parte do Juntô – Iniciativa Brasileira de Saúde Mental de Crianças e Adolescentes, projeto realizado pelo CMI, em parceria com o IEPS, voltado para a construção e fortalecimento de políticas de saúde mental para crianças e adolescentes, e mais especificamente do Juntô Escolas, frente de atuação responsável por ações iniciativas focadas no ambiente escolar.
Temas e participantes
As aulas do minicurso colocaram em perspectiva temas como atuação do Congresso Nacional sobre a saúde mental de crianças e adolescentes e a lei que proibiu o uso de celulares nas escolas, as evidências sobre os impactos do uso excessivo da internet e do celular na saúde mental e caminhos para garantir educação midiática e um uso saudável das novas tecnologias.
Participaram da iniciativa Filipe Asth, consultor do IEPS e secretário executivo da Frente Parlamentar de Saúde Mental do Congresso Nacional; Caio Borba Casella, analista clínico de dados do CMI; Marina Kovács, especialista em gestão de projetos de tecnologias educacionais do Ministério da Educação; e Victor Vicente, gerente de educação midiática do Instituto Felipe Neto.
A iniciativa contou ainda com participação Jessyca Medeiros, representante da gerência de direitos humanos da SEE-PE;Cledson Lina, gerente de políticas educacionais e direitos humanos e cidadania e analista de gestão educacional da SEE-PE; Dayana Rosa, gerente de programa do IEPS; e Carolina Costa, gerente Brasil do CMI.
Juntô – Iniciativa Brasileira de Saúde Mental para Crianças e Adolescentes
O Juntô é um projeto desenvolvido pelo CMI, em parceria com o IEPS, voltado para a construção e fortalecimento de políticas de saúde mental para crianças e adolescentes. O Juntô é inspirado por uma concepção integral do cuidado e compreende a saúde mental como a capacidade, individual e coletiva, de lidar com as adversidades da vida — sejam elas de ordem natural, social, econômica ou cultural.