“A Bela Adormecida foi amaldiçoada quando nasceu: aos quinze anos, iria se ferir com uma roca e morreria. Seu pai, o rei, decidiu tomar providências e mandou queimar todas as rocas do reino. Daquele dia em diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo. Quando completou quinze anos, a Bela Adormecida estava entediada, procurando algo para brincar, e encontrou uma roca. Maravilhada com a novidade, furou o dedo e sentiu um grande sono. Na mesma hora, aquele sono estranho se espalhou por todo o palácio. Adormeceram todos.
Uma história semelhante se desenrola no Brasil. No início deste ano, o governo sancionou a lei de restrição dos celulares nas escolas, que proibiu o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais em salas de aula, recreios e intervalos, exceto para fins pedagógicos, de segurança ou acessibilidade. Defensores da lei dizem que ela é fundamental para proteger a saúde mental dos estudantes e melhorar as condições de ensino. O que dizem as pesquisas?”
O artigo foi publicado no blog Saúde em Público no dia 13 de fevereiro e é assinado por Dayana Rosa, gerente de saúde mental do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), Priscila Borges, analista de políticas públicas no Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), e Victor Vicente, head de educação midiática no Instituto Felipe Neto (IFN).