Nos últimos dias acompanhamos as rápidas movimentações de transição do Governo Federal, já iniciando os trabalhos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Este é seu terceiro mandato e, nas políticas de saúde mental, sua gestão foi marcada por avanços como a implementação da Reforma Psiquiátrica, que deu início à reorientação do modelo de tratamento para um modelo de base comunitária, estabelecendo a internação como último recurso. O novo governo encontrará uma situação bem diferente do que propôs à época, com falta de publicização e atualização de informações e baixa cobertura da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Lula e sua equipe precisarão se basear nos erros e aprendizados do passado para avançar em uma política intersetorial de saúde mental, especialmente para as pessoas mais vulneráveis.