Nos últimos dias acompanhamos as rápidas movimentações de transição do Governo Federal, já iniciando os trabalhos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Este é seu terceiro mandato e, nas políticas de saúde mental, sua gestão foi marcada por avanços como a implementação da Reforma Psiquiátrica, que deu início à reorientação do modelo de tratamento para um modelo de base comunitária, estabelecendo a internação como último recurso. O novo governo encontrará uma situação bem diferente do que propôs à época, com falta de publicização e atualização de informações e baixa cobertura da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Lula e sua equipe precisarão se basear nos erros e aprendizados do passado para avançar em uma política intersetorial de saúde mental, especialmente para as pessoas mais vulneráveis.
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Políticas de saúde mental de crianças e adolescentes
Ouça o texto Durante muito tempo a saúde mental de crianças e adolescentes foi negligenciada pelas políticas públicas. De acordo com os pesquisadores Cristina Ventura e Pedro Delgado, apenas na virada para o século 21 estabeleceram-se condições para a proposição de políticas de saúde mental para crianças e adolescentes. Antes disso, “as questões do sofrimento […]