O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) participou do segundo encontro de especialistas do Global Center for Child and Adolescent Mental Health, uma iniciativa do Child Mind Institute (CMI) com apoio da Stavros Niarchos Foundation (SNF). O evento aconteceu nos dias 19 e 20 de maio no Rio de Janeiro e abordou os caminhos para melhorar as políticas de saúde mental para a juventude brasileira a partir de parcerias e perspectivas locais e globais.
Rebeca Freitas, diretora de relações institucionais do IEPS, destaca que a promoção da saúde mental para a juventude brasileira é uma demanda urgente, principalmente após a pandemia de Covid-19 e a piora nos indicadores de saúde mental dessa população.
“A infância e a adolescência representam momentos únicos e capazes de moldar a vida adulta. São muitos os fatores que influenciam na saúde mental de crianças e adolescentes e que podem impactá-los no longo prazo. Quanto mais expostos a fatores de risco, tais como falta de hábitos saudáveis, vulnerabilidade social, discriminação e ausência de ambiente de apoio na família, na escola e nas comunidades em que vivem, maior o potencial de impacto. O projeto entre IEPS e CMI vem para abordar tais questões e qualificar políticas públicas de saúde mental voltadas para esse público”, afirma Freitas
Rebeca Freitas, MC Martina e Léo Lima durante mesa no Encontro de Especialistas do Global Center for Child and Adolescent Mental Health do Child Mind Institute (CMI). Foto: Divulgação/IEPS
A mesa de abertura do evento contou com a participação de Miguel Lago, diretor executivo do IEPS, e de Giovanni Salum, vice-presidente e diretor de projetos globais do CMI. A sessão marcou a apresentação da parceria entre o Child Mind Institute e as duas instituições.
São muitos os fatores que influenciam na saúde mental de crianças e adolescentes e que podem impactá-los no longo prazo. Quanto mais expostos a fatores de risco, maior o potencial de impacto
Rebeca Freitas, diretora do IEPS
Saúde Mental através da arte
A mesa “Uma conversa sobre navegar pelo estigma da Saúde Mental através da arte” discutiu estratégias eficazes de comunicação para aumentar a compreensão sobre saúde mental no Brasil, e foi mediada por Rebeca Freitas. O debate contou com a participação por meio de perguntas de representantes da juventude carioca e integrantes do Rap da Saúde, além de MC Martina, poeta, rapper e produtora cultural do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e Leonardo Lima, fotógrafo, contador de histórias e educador do Rio de Janeiro.
Durante o encontro, intervenções e performances artísticas ilustraram a interseção entre saúde mental e arte. Houve exposição de fotografias de Leonardo Lima e apresentação de ballet e dança contemporânea, em homenagem à Elza Soares, feita pelo grupo carioca Ballet Manguinhos.
Políticas públicas de saúde mental no Brasil
Leonardo Rosa, pesquisador do IEPS, mediou a mesa “O estado atual do conhecimento e das políticas públicas em torno da saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil”, que debateu, a partir do ponto de vista das políticas públicas, o estado da saúde mental de crianças e adolescentes no país.
Sueleide Barbosa Duarte, secretária-executiva de Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios do Governo de Alagoas, apresentou o Programa Coração de Estudante, uma iniciativa para promover a saúde mental dos alunos da rede estadual. O programa é um dos resultados da recém-criada Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares, apoiada pelo IEPS desde sua construção até a aprovação.
Também estiveram presentes no debate Gilmara Santos, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde – DEPPROS do Ministério da Saúde, e Pedro Pan, médico psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Confira abaixo alguns registros do evento
