Rossano Cabral Lima: os danos do autodiagnóstico para crianças e adolescentes
Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília
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Como os autodiagnósticos em saúde mental são danosos para crianças e adolescentes?

Neste vídeo, o psiquiatra de crianças e adolescentes, mestre e doutor em saúde coletiva (IMS/Uerj) e professor associado do Instituto de Medicina Social da Uerj Rossano Cabral Lima explica como os autodiagnósticos em saúde mental são danosos para crianças e adolescentes.

“Nem toda forma de sofrimento, nem tudo aquilo que desvia do normal, significa que aquela pessoa, aquele jovem, aquela criança ou adolescente tem um transtorno mental. Precisamos falar de um outro elemento que também é muito importante que foi o elemento pandemia. A pandemia não só gerou situações de mais mal-estar, incômodo, ansiedade, mas ela borrou um pouco essas fronteiras entre o que é normal e o que não é normal, já que estávamos vivendo uma situação que, em si só, já era anormal, interferia, no caso dos jovens, no padrão de sono, na quantidade de tempo em telas, no processo de aprendizagem.

Um outro elemento importante que precisamos levar em consideração é que, muitas vezes, o diagnóstico equivocado ou precipitado ele acaba deixando de lado, impedindo que sejam identificados outros fatores que, muitas vezes, são os mais importantes para tentar entender aquele problema que o jovem está passando. Então, muitas vezes aquele jovem se identifica com o diagnóstico de TDAH porque está passando por problemas de aprendizagem, problemas na escola, mas muitas vezes os motivos ou dificuldades de aprendizagem são outros”, afirmou.

Confira abaixo a participação de Rossano Cabral Lima no “Pergunte a um pesquisador”, do Nexo Políticas Públicas.