As possibilidades de intervenção regional na saúde paulista foram tema da oficina de abertura do primeiro Ciclo de Inovação do Observatório da Regionalização, uma parceria do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). A oficina, que aconteceu na última quinta-feira (27/07) na sede do IEPS em São Paulo, teve como objetivo diagnosticar e elaborar intervenções de natureza regional voltadas para o fortalecimento das Redes de Atenção à Saúde do estado.
A iniciativa contou com a participação de integrantes da equipe do IEPS e da gestão do Governo de São Paulo e utilizou a metodologia Problem Driven Iterative Adaptation (PDIA), que enfatiza que problemas locais devem ser solucionados com quem atua no território, sem soluções predeterminadas; e que estimula a experimentação e o desvio positivo dos problemas identificados; o aprendizado, a adaptação e a reflexão sobre os desafios identificados; e o envolvimento de agentes de diversos setores e organizações para garantir que as reformas sejam viáveis, legítimas e relevantes.
Segundo Agatha Eleone, analista de políticas públicas do IEPS, a oficina é uma etapa fundamental para reduzir riscos e garantir maior agilidade no processo de elaboração e implementação das ações. “As oficinas permitem a elaboração de intervenções que ajudam a reduzir riscos comuns em processos de criação e reforma de políticas públicas. Além disso, possibilita uma ação rápida do estado, o que é bastante necessário, já que o avanço da regionalização é uma das atuais prioridades da gestão”, explica a analista de políticas públicas, que destaca ainda a importância desse processo para organizar as redes e melhorar a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
O que é o Observatório da Regionalização?
O Observatório da Regionalização foi criado no início de julho e tem como objetivo a efetivação da regionalização da saúde em São Paulo. O projeto irá apoiar a elaboração e implementação da regionalização da saúde, por meio da produção de análises de dados e outros insumos que auxiliem a tomada de decisão da gestão estadual. Além disso, haverá a documentação do processo de regionalização com a elaboração de estudos de caso e de ferramentas de monitoramento e avaliação das ações realizadas pelo governo.
O projeto conta com o apoio da Umane e do Conselho de Secretários Municipais de São Paulo (COSEMS-SP).