INTRODUÇÃO – Nesta nota temos como objetivo estimar e discutir recursos mínimos necessários para suporte à pressão de demanda hospitalar adicional que o SUS poderá enfrentar nos próximos meses. À luz das experiências internacionais em curso, sabemos que uma proporção relativamente grande de casos de COVID-19, em particular entre idosos, tem se convertido em hospitalizações em unidades de terapia intensiva para suporte ventilatório. Esta é a face mais severa da doença e de maior estresse para os serviços de saúde. Neste sentido, para além de medidas de contenção e pré-hospitalares, buscamos responder: qual é a ordem de magnitude de recursos necessários para garantir um fluxo mínimo de financiamento da produção hospitalar adicional em unidades de terapia intensiva no SUS devido à COVID-19?

Como será detalhado à frente, para realizar este cálculo, combinamos duas estimativas. Em primeiro lugar, estimamos o custo médio de internação pelo SUS por condições semelhantes ao COVID-19 em unidades de terapia intensiva. Em segundo lugar, projetamos diferentes cenários para taxas de infecção da doença no Brasil e números de hospitalizações. A combinação de custo médio por hospitalização e número de hospitalizações nos indica um custo total. Importante mencionar que a estimativa do custo médio por hospitalização é conservadora e refere-se apenas a custos variáveis por serviços, de repasses federais por internação. Ou seja, este valor cobre apenas parte do custo destas hospitalizações, pois não incorporam custos fixos ou aportes adicionais feitos por estados e municípios.

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