INTRODUÇÃO – Nesta nota realizamos uma série de exercícios empíricos com o objetivo de contribuir com informações para o dimensionamento e a alocação de recursos hospitalares necessários ao enfrentamento da COVID-19. Todas as estimativas foram realizadas ao nível das regiões de saúde. Em primeiro lugar, mapeamos detalhadamente o número de leitos de UTI e de ventiladores e respiradores existentes no país. Encontramos 15,6 leitos de UTI por 100 mil habitantes, sendo a média no SUS de 7,1. Documentamos, no entanto, enorme heterogeneidade regional e escassez de recursos na maioria das regiões do país. Encontramos que em 72% das regiões o número de leitos de UTI pelo SUS é inferior ao considerado adequado em um ano típico, sem a influência da COVID-19. Um padrão similar é observado com relação a ventiladores e respiradores.

Em segundo lugar, identificamos que 30% das regiões de saúde do país são particularmente vulneráveis, devido a uma combinação de infraestrutura de leitos de UTI aquém do mínimo e mortalidade por condições similares à COVID-19 acima da mediana nacional. Dentre as regiões mais vulneráveis, nota-se uma sobre-representação do Sudeste (onde 40,4% da população dependente do SUS reside em regiões que denominamos como vulneráveis) e Nordeste (21,8%).

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