INTRODUÇÃO – Este trabalho buscou, primeiramente, identificar a prevalência de três fatores de risco à COVID-19 entre os profissionais de saúde no Brasil: obesidade, doenças crônicas e tabagismo. Encontramos, como esperado, que as condições de risco aumentam com a idade, atingindo cerca de 66% dos trabalhadores acima de 60 anos. Contudo, o ponto mais preocupante é que cerca de 37% dos trabalhadores com menos de 60 anos possui algum fator de risco, sendo doenças crônicas e obesidade os mais prevalentes, ambos atingindo em torno de 20% dos profissionais. Adicionalmente, quando comparamos entre diferentes ocupações de saúde, vemos que os médicos mais jovens são os que possuem um maior risco (43%), seguidos pelos profissionais de enfermagem (38%). Sob a ótica da segurança dos profissionais de saúde, tais fatores amplificam os riscos associados à atuação na linha de frente, tendo em vista que determinadas condições clínicas prévias aumentam a probabilidade de manifestações mais graves da COVID-19, acarretando afastamentos, internações e óbitos. Além disso, o risco para os profissionais de saúde no Brasil se acentua ainda mais pela falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).