Governança de dados no SUS é tema de novo estudo do IEPS
Arte: Estúdio Massa
Arte: Estúdio Massa

Apesar de alguns avanços e iniciativas recentes, o governo brasileiro ainda precisa superar desafios importantes para estabelecer uma governança de dados e informações no Sistema Único de Saúde (SUS). Para fortalecer e avançar nesse debate, o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) lança, nesta segunda-feira (27/03), o Panorama IEPS n. 4: Governança e interoperabilidade de dados para a Saúde. O documento analisa o atual cenário da saúde digital no Brasil, apresentando as principais iniciativas e desafios do governo e apontando recomendações para que o país possa avançar na governança de dados de saúde. O Panorama n. 4 é uma das produções do Programa TechSUS, uma iniciativa do IEPS para  contribuir, a partir de evidências científicas, com os processos da transformação digital da saúde no Brasil.

O estudo defende a implementação de uma Política de Governança de Dados de Saúde para que haja uma construção sólida e eficiente da governança de dados e informações no país. Apesar dos recentes avanços, como instituição da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e a publicação do documento “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028” em 2020 e a criação, este ano, da Secretaria de Informação e Saúde Digital, a governança de dados ainda carece de regras e diretrizes bem definidas.

Um dos principais problemas da falta de uma governança consolidada é a falta de integração e interoperabilidade no SUS. É o que acontece, por exemplo, com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) criado em 1991 para prover sistemas de informação e suporte de informática, mas que, ao longo de três décadas de existência, apresentou pouca gerência sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O resultado disso é justamente a produção de bases de informações isoladas e sem conexão entre si dentro do próprio Ministério da Saúde (MS).

Nesse cenário, a criação políticas de governança que define regras e diretrizes é a chave para avançar na organização de prioridades na implantação de protocolos de integração e interoperabilidade entre os Sistemas de Informação em Saúde (SIS), na definição de uma autoridade nacional responsável por regular a troca de dados e para potencializar o relacionamento com os diferentes atores e atrizes interessados na construção da saúde digital no Brasil.

Leia o Panorama IEPS n. 4: Governança e interoperabilidade de dados para a Saúde” na íntegra aqui

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